Minha primeira transferência... (por Paula)

Por Paula

A história de quando soube que seria transferida foi muito louca. E sempre é pra cada uma de nós. A minha foi assim: Estava eu trabalhando, quando meu telefone toca. Era ele, meu marido. Dizendo que tinha duas notícias pra me dar. A primeira: que me amava... um fofo! A segunda: que tinha saído a transferência.

Do outro lado da linha eu não conseguia esconder meu medo/espanto/sei lá o que eu tava sentindo. Fiquei muda. Então ele perguntou: Não quer saber pra onde vamos? Eu respondi: Ah! É, pra onde? São Miguel do Oeste, respondeu ele.

Não foi tão ruim quanto eu pensava. São Miguel do Oeste é a cidade de nascimento dele. Boa parte da família dele mora na cidade. Tios, primos e avó materna. Esse fator (família próxima) hoje eu vejo que foi muito bom. Mas era a minha primeira mudança. Nunca tinha saído de Brasília pra morar em qualquer lugar que fosse. Ainda ia fazer dois anos que estávamos juntos. Na época, nem casados nós éramos.

Desliguei a ligação. Em seguida ele me ligou, dizendo que precisávamos ir ao cartório. Eu, atônita ainda, pensei que fosse pra registrar alguma coisa sobre a transferência, sei lá. Foi então que me caiu a ficha e perguntei porque precisaríamos ir ao cartório, por que eu precisaria ir junto. Então ele respondeu: Pra fazer nossa união estável, oras...

Pronto! Aí foi um mix de sentimentos. Medo, alegria, pânico, desespero, mais alegria.

Por fim, fizemos a tal união estável em 25 de agosto de 2010. A experiência de deixar o emprego (eu ia ser promovida), a família, os amigos, a vida pra trás e se lançar no mundo, foi complicada. Mas ao chegar a São Miguel do Oeste, pensei: “Vim porque quis, porque o amo, então vou fazer o possível pra que essa minha mudança seja o menos traumática possível. Vou buscar olhar sempre com bons olhos a cidade e as pessoas. Vai correr tudo bem”. Repeti isso como um mantra. E deu certo.

Gostei tanto de São Miguel do Oeste e fiz grandes amizades, que resolvi me casar na cidade.