segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Coração partido?!


 Por Rosa

Bom dia gurias!Na verdade, boa noite! Agora são 23h24’ de domingo. A casa já está em silêncio. Só eu aqui na sala, com a TV ligada, escrevendo meu post. Mas... escrevendo O QUÊ EXATAMENTE?! Nem eu sei. Passei todo feriado e todo dia de hoje pensando no que escrever. Gosto muito de ler e mais ainda de escrever. Mas hoje parece que “deu um branco”. Então agora, enquanto escrevo as primeiras frases, lembro de uma conversa que tive outro dia com a Carol e falávamos sobre a “síndrome do coração partido”... Já ouviram falar disso?! Pois então acho que ela está atacando as blogueiras aqui... Paula, Carol, Rosa...

Mas me digam quem nunca sofreu por amor?! Ou por qualquer outro sentimento... Nem falo aqui de namorados, maridos... Falo da vida em sua acepção maior, do dia a dia, das lutas diárias de nossas vidas... Mas e a síndrome do coração partido?! Pois então gurias quem nunca ouviu a mãe dizer: “Está de coração partido” ou quem ainda nunca disse: “ Você partiu meu coração.”?!

Especialistas reconhecem que a SÍNDROME DO CORAÇÃO PARTIDO sim. E seria essa uma prova da forte conexão entre nossa mente, coração e corpo. A síndrome geralmente se manifesta através de sintomas muito parecidos com uma doença cardíaca: dores e pontadas no peito, mas aparentemente não tem nenhuma relação com as artérias coronárias... Uffa! Ainda bem né?! O que ocorre é que na verdade essas dores estão relacionadas com um trauma emocional, ou mesmo físico, que libera quantidades exageradas de adrenalina que sobrecarrega o coração.

Mas porque a síndrome está atacando as blogueiras?! Acontece gurias que mesmo após tantas mudanças, começos e recomeços, cada mudança é uma, cada cidade é uma nova aventura e fechar as caixas e fazer as malas gera um estresse considerável. E a cada minuto que se passa e se aproxima a nova mudança o coração aperta, as mãos suam e ficam frias, o sono da noite parece “picado” (a gente acorda sem saber por que e de repente começa a pensar na mudança) ou passamos a comer demais (ou menos) uma irritação parece tomar conta, mesmo daquelas mais tranqüilas (creiam eu sou uma dessas). De repente qualquer coisa é motivo pra chorar (até trailer de filme e propaganda de margarina) e qualquer movimento em falso dos nossos maridos serve para nos fazer explodir, finalmente, sem motivo aparente, o coração dispara (dói) e a gente chega a ter CERTEZA ABSOLUTA de que está enfartando. Bem vindas ao clube... Você, assim como eu (nós) está sim com o CORAÇÃO PARTIDO.




Vejam que o coração parte e muitas vezes nem percebemos, achamos que pode ter sido um exercício puxado na academia, ou aquele móvel que arrastamos sem cuidado, ou ainda o peso do bebê que carregamos pra cima e pra baixo o dia inteiro... Eu mesma só descobri que essa “doença” (se é que esses sintomas são classificados assim... Não vou mentir eu mesma não sei) existia em uma das minhas mudanças, chegando a Quaraí/RS, passei meses, com o coração apertado, com princípio de pânico e dores no peito, como a minha mãe é cardíaca e já teve 3 enfartos, corri imediatamente pra um Cardiologista, fiz todos os exames possíveis e ...NADA!! Então durante a conversa informal o médico começou perguntar da minha vida (literalmente!, cidade pequena todo mundo se conhece, e ele não sabia quem eu era rsrs) então contei que era nova na cidade o marido militar tinha sido transferido... blá blá blá e pronto!!! Ele disse que o meu problema era simples que eu estava com a tal síndrome do coração partido, que estudos apontavam que ela é mais comum em mulheres mais velhas (quando os filhos saem de casa, por exemplo), mas que já se admitia que mulheres jovens, em situação de estresse emocional, podiam tê-la.

Bem gurias apesar da tal novela das oito, que eu não assisto, mostrar que vivemos uma vida de glamour, todas nós sabemos que não é assim. Temos problemas, conflitos, medos, dúvidas e dores. Quem aí igual à Carol e eu, toma conta da casa e dos filhos todos os dias sabe bem do que eu falo. E quem aí, como a Paula, está enfrentando sozinha o inicio de uma gravidez, ou quem sabe um problema de saúde, longe do marido que possa estar fazendo um curso ou em missão no exterior sabe muito bem do que eu estou falando. Os problemas se acumulam parece que só nós conseguimos resolvê-los e às vezes parece que o mundo todo está contra você e até aquele que deveria lhe dar total apoio, seu marido, parece não entender a sua língua. Ou ainda nenhuma amiga bate a sua porta ou te liga para saber como você está. A mudança se aproxima e seu coração bate cada vez mais e as duvidas e medos multiplicam.




Sei bem... Pois estou passando por isso. De repente o coração dispara e lembro que preciso alugar uma casa, pois lá em Porto Alegre pouco provável conseguir PNR no primeiro ano, lembro que quero passar num concurso para o qual pouco ( pra não dizer nada) estou estudando, lembro que terei que deixar minha filha em uma escolinha em período integral, que nunca andei sozinha ou dirigi sozinha em Porto Alegre, etc etc e etc ... AI MEUS SAIS!!!!Jesus me abana! Pronto! Meu coração quase sai pela boca agora.

Mas então respiro fundo e penso que assim como eu milhares de amigas (assim as considero) estão nesse momento passando pelas mesmas coisas (quem sabe até por problemas piores) então vamos lá... Andar em frente! Essas dores vão passar as novidades das cidades novas em que cada uma de nós vai morar a partir do ano que vem irão nos ajudar a nos “curarmos” da síndrome... Claro, mas por pouco tempo... ATÉ QUE VENHA A NOVA TRANSFERÊNCIA... Então começa tudo outra vez. Hoje foi quase um desabafo (rsrs), mas obrigada por “ouvirem” mesmo assim. Beijos carinhosos e fiquem com Deus.

1 comentários:

Noiva de militar disse...

Ainda não passei por nenhuma transferência, mas imagino como deve ser esse aperto no coração devido ao estresse. Meu noivo que está numa missão de 11 meses, sente essas dores, ficamos até preocupados com isso, mas descobrimos que são os problemas devido a essa mudança brusca.

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