segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Colesterol... Doença de criança?!





Por Rosa

Então gurias... Depois de alguns post sobre mudança, vamos falar de saúde mais uma vez. Talvez o post no início cause admiração, afinal estamos mais acostumados a ouvir falar em Colesterol alto em adultos, cardíacos, adultos e idosos. Não é verdade?! Mas qual seria a sua reação ao pegar um exame de rotina (hemograma completo, colesterol e frações) do seu filho (ou filha) de 5, 6, 7, 8 anos e descobrir que o COLESTEROL está alterado, alto?! A princípio depois da surpresa, virá a preocupação e depois a pergunta :MAS SERÁ QUE ESSE EXAME ESTÁ CORRETO??? Está sim corretíssimo!
Vamos começar com algumas explicações simples: TODO MUNDO TEM COLESTEROL. Todo mundo?! SIM, TODO MUNDO. E a explicação é ainda mais simples. Sabem por quê? O colesterol é um tipo de gordura que existe naturalmente em nosso organismo e é fundamental para o seu funcionamento normal do mesmo. Ele compõe as membranas das células de todo nosso corpo e está presente no cérebro, nervos, músculos, pele, fígado, intestinos e coração. No corpo o colesterol é usado para produzir hormônios, vitamina D e ácidos biliares que ajudam na digestão das gorduras. Então vejam que 70% do colesterol são fabricados pelo nosso próprio organismo, no fígado, enquanto que os outros 30% vêm da dieta. Pronto é aqui que está o problema... O colesterol da DIETA.




Antigamente há 10 ou 15 anos atrás ninguém pensaria na possibilidade de uma criança ter uma “doença de adulto”, os médicos dificilmente pediam um exame de colesterol, ficando apenas nos hemogramas comuns. Mas a modernidade, a vida agitada e a chamada superalimentação chegaram e então tudo mudou. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dão conta de que o peso dos brasileiros vem aumentando (e muito) nos últimos anos. Em 2009, uma em cada três crianças de 5 a 9 anos estava acima do peso recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), um número que impressiona.É exagero você podem pensar,mas não é não.Pensem agora em três crianças que vocês conhecem menores de 9 anos, eu como Nutricionista, DUVIDO que uma delas não esteja acima do peso.

Acredita-se que cerca de 30% das crianças brasileiras tenham esse problema e o que é pior, os pais não fazem idéia. Mas como uma criança tão pequena pode ter níveis elevados de colesterol?! Vocês me perguntam. E eu respondo da mesma forma que uma pessoa, em qualquer fase da vida, tem: ALIMENTAÇÃO INADEQUADA. Cabe ressaltar que o trio: alimentação, falta de atividade física e GENÉTICA são os responsáveis diretos por esse desequilíbrio do colesterol em nosso organismo. Outro fato importante é que quando falamos em genética queremos então ressaltar que tanto crianças quanto adultos MAGROS podem estar com o colesterol elevado. Nem sempre o sobrepeso é um alerta pra realizar exames, mesmo os magrinhos podem ter o colesterol elevado.
Mas porque a alimentação eleva o colesterol?! Porque a gordura é amplamente utilizada em todos os tipos de alimentos processados (biscoitos, bolachas recheadas, salgadinhos) para conferir sabor agradável e textura. Então além de serem saborosos e crocantes esses tipos de alimentos são verdadeiras BOMBAS para o organismo de nossos filhos. Sem falar nos fast-foods e todas aquelas batatas imersas em gorduras e hambúrgueres com calorias suficientes (em um lanche) para compor as calorias necessárias para um dia inteiro.

PRONTO!!! Já estou imaginando a cara de vocês no outro lado de tela: “Essa mulher é completamente LOUCA!!!Então eu NUNCA MAIS vou dar um biscoito recheado pro “pobre” do meu filho?! FALA SÉRIO!!!” Confessem!!! É isso que vocês estão pensando não é mesmo?! Tudo bem é um direito de vocês pensarem assim e um dever meu, como Nutricionista, alertá-las sobre o quanto esses alimentos podem causar doenças graves nos nossos filhos.


Existe uma doença causada pelo colesterol elevado chamada ATEROSCLEROSE, nada mais é do que a deposição de PLACAS DE GORDURA nas artérias cardíacas e, PASMEM, estudos demonstraram que essas placas podem se depositar ainda na infância. E sabem o que a ATEROSCLEROSE provoca na vida adulta??? Derrame cerebral, infartos, isquemias, entre outros.

Então gurias esse alimentos PRECISAM ser substituídos URGENTEMENTE. Mudanças simples no dia a dia... Deixem o biscoito recheado pro final de semana, mandem frutas e sucos no lanche da escola e, se puderem, conversem na escola dos seus filhos e incentivem a Direção a colocar na cantina LANCHES SAUDÁVEIS.Incentivem seus filhos a pratica esportiva, a brincar na praça, andar de bicicleta, jogar bola, correr, pular... Essas mudanças podem parecer bobagem, afinal um “pobre biscoito recheado” não faz tanto mal assim, faz?! FAZ!!!!Claro que não é só isso procure trocar as carnes gordurosas por carnes magras, peixes, frango, frituras apenas 1 mês no mês (de preferência NUNCA, mas...) não introduzam embutidos na alimentação dos seus filhos pelo menos até os 2 anos de idade( 3,4,5...). E, claro, frutas e verduras: SEMPRE, SEMPRE, SEMPRE!!!!

                                                                                  
E a genética quando entra em cena?! A influência genética é muito importante por isso crianças com pais com histórico de colesterol elevado devem realizar um check-up anual a partir dos dois anos de idade. Outro fator importante é observar que o colesterol elevado em crianças pode ser indicativo de outras doenças como diabetes, problemas na tireóide, disfunção renal.

Gurias eu recomendo, se vocês ainda não fizeram um exame de Colesterol nos seus filhos: FAÇAM!! Como dizia minha Vó: “Melhor prevenir do que remediar”, não é mesmo??! Finalizando o colesterol em crianças deve ser inferior à 170 mg/dL, o LDL(ruim) abaixo de 100 e o HDL(bom) acima de 35. Espero ter ajudado e alertado vocês sobre mais esse mal de adultos que atinge cada dia mais as nossas crianças. Beijos carinhos e fiquem com Deus.






1 comentários:

Anônimo disse...

muito bom seu post, asustador, pois nunca pensei em colesterol em crianças, a não ser nas extremamente obesas, mas oque nos assusta muitas vezes tb nos salva

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