segunda-feira, 30 de julho de 2012

Você tem fome de quê?




Por Rosa

Oi gurias! Hoje, quando comecei a escrever este post a idéia inicial era totalmente diferente dessa que acabei por fim escrevendo. Tenho visto, e ouvido, de amigas e na minha própria vida que muitas vezes não sabemos identificar a nossa “fome”. Principalmente nessa época de grande ansiedade: a espera excruciante dos Boletins de toda quarta-feira... Em outra postagem falei sobre o metabolismo no inverno e o aumento natural e cientificamente explicado sobre o aumento da vontade de comer alimentos calóricos durante os meses de frio (que aqui no sul não são poucos... Rsrsrs).

Pois bem um dos nossos maiores problemas, na vida diária, e também como Nutricionista, é ao conversar com alguém identificar se essa pessoa tem “fome de alimentos” ou de “sentimentos”. Se ela come demais por uma necessidade fisiológica, pela produção anormal de hormônios ligados a fome e satisfação, ou se come por ansiedade. Nessas horas percebo que a única e solitária cadeira de Psicologia da faculdade não nos prepara para a enxurrada de sentimentos que estão atrelados ao simples ato de comer.




Então outro dia ao abrir a geladeira me peguei olhando pra ela... Admirando e PROCURANDO ALGUMA COISA... QUALQUER COISA para comer. De repente me dei conta: OPS! Eu não ESTOU COM FOME! Parei pra pensar e vi que nem me lembrava de ter levantado da cadeira e chegado à porta da geladeira. Vejam só: quantas vezes vocês (e eu) nos pegamos comendo algo e nem sabemos COMO aquilo chegou as nossas mãos?! Pode parecer até engraçado ou loucura da minha parte, mas não é! Definitivamente já conversei com muitas... Mas muitas pessoas mesmo, que me dizem assim: “- Quando vi já estava comendo.” Voltando a minha geladeira rsrs... No momento em que me dei conta que procurava algo para comer e NÃO ESTAVA COM FOME, sabem o que percebi?! Que estava sentada “viajando”... literalmente viajando... Pensando no bendito Aditamento que não sai (mesmo sabendo que a transferência do meu marido ainda deve demorar a sair...), milhares de coisas passavam pela minha cabeça: “Ai meu Deus! Pra onde será que vamos?! Que empresa vamos contratar? Tomara que dessa vez chegue tudo INTEIROOOO (é o mínimo que esperamos..) Será que vamos encontrar alguém conhecido por lá?! Começar tudo de novo... Conhecer novas pessoas, construir novas amizades(nunca esquecendo de cultivar as antigas). E a casa?! Será que teremos PNR?! Se eu conseguir emprego? (ALELUIA!!) QUEM VAI CUIDAR DA MINHA FILHA?! A gente vê tanta coisa na TV, cada noticia escabrosa de escolinhas onde as crianças são mau tratadas, babás que espancam as crianças,inclusive bebês de colo...” Pronto! Creio que nesse momento a parte consciente da minha mente foi suplantada pelo turbilhão que me atingiu e então devo ter levantado e andado até a geladeira. Pois quando percebi que estava lá me peguei pensando... “Lá vamos nós, outra vez!” Parei e fechei a porta da geladeira e fui... TOMAR ÁGUA. Ajuda muito... Tomar um copo de água calmamente.

É que, gurias, vamos combinar não é?! Nossos maridos por melhores que sejam, e são, não se preocupam com essas “questões menores”, provavelmente seria assim que eles iriam se referir as nossas incertezas... Não é por não se preocuparem com o que sentimos é por serem muito práticos, eles aprenderam assim, no dia a dia precisam lidar com situações que necessitam de resoluções práticas, não de suposições. Então normalmente quando tentamos conversar sobre essas questões eles respondem: “não fique se preocupando com isso”. Não é assim?!Duvido que na casa da maioria não seja assim... rsrs.

Daí quando estamos num turbilhão, com tantas coisas pra pensar, tantas duvidas que precisam ser respondidas (e que ainda podem demorar) muitas vezes essa ansiedade toda nos pega, como diria Pedro Bial “às cinco horas de uma segunda-feira modorrenta” e então partimos ao ataque: geladeira, armários, despensa, super mercado... Aquela caixa de chocolate escondida... QUALQUER COISA CALÓRICA (que libere endorfinas) e nos dê sensação de tranqüilidade. Agora meninas, sinceramente? Qual de nós vai atacar a fruteira em cima da mesa??? NENHUMA...

Apesar dos doces não serem o que mais agrada meu paladar já consegui perceber que quando a ansiedade ataca até mesmo eu, que normalmente passo longe das prateleiras de doces e chocolates, PRECISO de um docinho pra liberar as tais endorfinas. Mas então meninas, vejamos que a nossa FOME, pode vir de muitos lugares e nessa fase de tanta ansiedade nós temos fome é de RESPOSTAS AS NOSSAS DÚVIDAS. É isso mesmo! Acontece que na maioria das vezes não percebemos isso.

Então menina,  vamos nos ajudar... Esse blog é pra isso, pra trocarmos experiências sobre as nossas andanças. Mandem as postagens pra que possamos ter o maior número de informações sobre as nossas possíveis cidades. Nos ajudando mutuamente, teremos várias vantagens: diminuiremos a ansiedade coletivadas mulheres de militares pelo Brasil e ainda vamos continuar MAGRAS...rsrs. Brincadeiras a parte essa espera deixa todas nós “meio doidas”, “comer” os problemas, dúvidas, medos e incertezas INFELIZMENTE ainda é a forma mais simples que encontramos pra nos tranqüilizar. Por isso façam o seguinte: leiam as postagens, chamem as amigas pra conversar (afinal estamos todas no mesmo barco), e da próxima vez que tivermos um ataque de ansiedade e nos encontrarmos em frente a geladeira, despensa... Vamos nos perguntar com sinceridade: VOCÊ TEM FOME DE QUÊ?????????

Beijos carinhosos fiquem com Deus.


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