segunda-feira, 23 de julho de 2012

Intolerância ao Glúten... Será que eu tenho?




Por Rosa

Então gurias, vamos seguir essa semana na postagem a linha da semana passada... Alergias, intolerâncias. Tivemos várias perguntas sobre as alergias e intolerâncias. Principalmente querendo saber quais outros alimentos podem causar alergia e intolerância. Na verdade as alergias e intolerâncias são mais comuns do que imaginamos, a maioria da população já apresentou ao menos um quadro alérgico em sua vida, muitas vezes sem distinguir O QUE causou o quadro. As alergias relacionadas a alimentos são ainda MAIS COMUNS do que imaginamos e por se confundirem muitas vezes com problemas respiratórios ou de pele muitas pessoas passam uma vida inteira até que um profissional atente para a possibilidade de ser alergia ou intolerância alimentar. Por isso mesmo sempre que vocês, seus filhos, maridos, familiares, amigos, enfim... apresentarem sintomas diversos que possam ser compartilhados por mais de uma enfermidade o correto é procurar imediatamente um profissional habilitado que se possa diagnosticar e tratar o problema com rapidez.


Mas, antes de falarmos sobre Intolerância ao Glúten... Afinal O QUE É GLÚTEN???? Então o “tal” Glúten nada mais é do que a principal proteína presente no Trigo, Aveia, Centeio, Cevada, e no Malte (subproduto da cevada), que são cereais amplamente utilizados na composição de alimentos, medicamentos, bebidas industrializadas, assim como cosméticos e outros produtos. Na verdade são “partes” do glúten que são tóxicas que recebem nomes diferentes em cada cereal, no trigo é a Gliadina, na Cevada é a Hordeína, na Aveia é a Avenina e no Centeio é a Secalina. O Malte, muito questionado, que é um produto da fermentação da cevada, também apresenta uma fração de glúten; por isso os produtos que contenham malte, xarope de malte ou extrato de malte não devem ser consumidos por pessoas que possuem Intolerância ao Glúten.

Comumente conhecida como Intolerância ao Glúten na verdade a enfermidade chama-se Doença Celíaca (DC) e caracteriza-se pela Intolerância permanente ao glúten. Geralmente manifestando-se na infância, entre o primeiro e terceiro ano de vida, pode, entretanto, surgir em qualquer idade, inclusive na adulta. Os sintomas mais comuns da DC são intestinais e incluem a diarréia crônica ou prisão de ventre, inchaço e flatulência, irritabilidade, e pouco ganho de peso. Na infância os pacientes podem apresentar atraso no crescimento e da puberdade, anemia por carência de ferro, osteopenia (diminuição da massa óssea) ou osteoporose (perda progressiva da densidade óssea), e uma erupção na pele que faz coçar chamada dermatite herpetiforme(caracterizada por sensação de queimadura intensa e coceira). Um fato curioso é que a doença celíaca também pode não apresentar nenhum sintoma o que acaba dificultando ainda mais o diagnóstico podendo levar anos para ser diagnosticada. Os exames de sangue são comumente os mais utilizados na detecção da DC, porém, os resultados dos exames sanguíneos devem ser confirmados por endoscopia para que se analisem as mudanças nas vilosidades das paredes do intestino.

O tratamento para DC consiste em evitar por TODA VIDA, isso mesmo... TODA VIDA, os alimentos que contém glúten (tais como pães, cereais, bolos, pizzas, e outros produtos que contenham essa proteína). Geralmente, a partir da remoção do glúten da dieta, a cura costuma ser total e, apesar da dieta sem glúten parecer extremamente difícil têm-se obtido muito sucesso com ela. Na verdade é possível substituir as farinhas proibidas por fécula de batata, farinha de milho, amido de milho, polvilho doce ou azedo, farinha ou creme de arroz, farinha de araruta ou fubá. É de suma importância o acompanhamento de Nutricionistas que vão ajudar as famílias a se ajustar a essa dieta radical. Saibam que é um processo, pode durar meses para a adaptação completa, porém a diminuição dos sintomas entre a primeira e a segunda semana servirão de incentivo para a continuação da dieta, também o apoio da família é essencial pois é muito duro ver a sua dieta mudar radicalmente da noite para o dia na maioria das vezes. A maioria das pessoas que inicia, e continua diariamente, a dieta de exclusão do glúten, apresenta recuperação das vilosidades da parede intestinal entre seis meses e um ano; nas crianças o desenvolvimento se normaliza, voltando ao crescimento adequado para a idades. Não esqueçam que as visitas ao Nutricionista devem ser regulares para o contínuo monitoramento da dieta e de possíveis complicações que nunca estão descartadas.

É importante salientar que apesar de algumas pessoas serem capazes de voltar a consumir pequenas quantidades de glúten isso não significa, de forma alguma, que a doença está curada, é comum nas intolerâncias que após algum tempo de tratamento algumas pessoas tolerem essas pequenas quantidades daquilo que causa a intolerância (lactose, glúten, etc). Portanto a dieta sem glúten deve ser seguida por toda vida.

Espero que esse post tenha respondido as dúvidas e perguntas enviadas sobre outras intolerâncias. Beijos carinhosos e fiquem com Deus.

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