quarta-feira, 27 de junho de 2012

Relações interpessoais na família militar.


Por Carol Ribeiro

Hoje quero propor uma reflexão...

Quando nascemos, sobreviveríamos sozinhos? Sem que alguém nos alimentasse e nos cuidasse?
E quando crescemos? Saberíamos ler, falar, andar, sem que alguém ou algumas pessoas estivessem ao nosso redor nos auxiliando, gerindo e fazendo possível a nossa vida??

E quando nos tornamos esposas de um militar? Como é nossa vida? Já fiz um post aqui falando sobre isso e prometo não ser repetitiva. Apenas quero lembrar que quando nos mudamos, deixamos para trás amigos e parentes que nos dão suporte a nossa vida para começar tudo de novo em outro lugar onde não conhecemos ninguém.


Sendo assim, quando estamos na nova cidade com quem podemos contar numa hora de dificuldade? Quando o carro quebra e temos que buscar o filho no colégio? Quando ficamos doentes quem nos dará apoio? Quando aparece um "pepino" e o marido tá de serviço, num campo demorado ou num curso fora? Quando recém chegamos e não conhecemos nada da cidade? Com quem poderemos contar? E por que não contar com alguém da Família Militar? Que passa pelas mesmas dificuldades que nós.

Quando chegamos na cidade normalmente o quartel oferece uma janta ou um almoço de confraternização para apresentar aquelas famílias que estão chegando a todos que já estão na unidade. Às vezes esses eventos podem parecer chatos e cheios de formalidades, mas de qual outra forma conheceríamos aqueles que estão chegando ou já estão naquele lugar da mesma forma que nós. São nessas horas que devemos estreitar os laços e não simplesmente "cair de pára-quedas" num lugar.

Há muito preconceito com os eventos dos quartéis e o preconceito é maior ainda quando são organizados pelas esposas dos militares. Se organizamos um chá então, xiiii... Os comentários vão desde que somos desocupadas a vão se reunir só pra falar da vida alheia. Mas eu digo: em todo lugar que alguém vá só acha fofoca se procura e dá espaço para isso, só dá briga e confusão se você procura e isso depende muito da nossa postura.

Então pessoal vou mostrar o exemplo que fazemos aqui em São Miguel do Oeste. Reunimos as moradoras da vila dos oficiais e quem quis participar, fomos a uma joalheria da cidade e escolhemos dois modelos de anel e eles fizeram um desconto super bacana já que iam vender em quantidade o modelo que nós escolhemos. Cada uma mediu seu dedo no local e como custaram R$250,00 cada uma paga a sua parcela mensal e no mês do seu aniversário recebe o anel em um chá organizado por nós. O chá é feito no Círculo Militar da cidade e nós nos reunimos tanto para organizar o chá como para conversar. E assim, cada uma se conhece melhor e conhece a vizinha que normalmente só veria muito de vez em quando... Saímos de casa e nos divertimos bastante... Talvez até haja algum desagrado, mas a intenção é sempre ajudar, se conhecer e qualquer inconveniente passa despercebido. Esse mês de junho não tinha aniversariante, mas para comemorarmos o São João nos reunimos à base de pratos típicos. E o resultado não poderia ser melhor, as fotos vêm a seguir...

A minha mensagem hoje é: Somos nós que fazemos o lugar que moramos, se só ficamos em casa e reclamando o melhor lugar do mundo vai ser horrível pra gente...



2 comentários:

Anônimo disse...

Basta chegar de peito aberto, ter com o outro o comportamento que gostaríamos que tivessem com a gente. Se não que fofoca, não faça fofoca dos outros. Se não quer confusão, não arrume, e se afastar de pessoas que já tenham demonstrado não merecer sua confiança. A regra é a mesma para qualquer tipo de relacionamento, qualquer ambiente, em qualquer fase da vida... Parabéns Carol! Escreveu muito bem. Sempre acompanho o site... Bjo

Anônimo disse...

Trate como gostaria de ser tratado, é a base de qualquer boa convivência

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