segunda-feira, 18 de junho de 2012

Brasil e suas diferenças culturais.


Por Carol Ribeiro


Bom pessoal, quem está na família militar sabe que constantemente temos que enfrentar uma adaptação. Quando mudamos de cidades ou de estados temos que reorganizar e nos adaptar a nova rotina, a nova casa, o novo local, o novo clima e inclusive a nova cultura. É isso aí, o nosso país é tão grande que a cada estado ou região os costumes são completamente diferentes...

Agora imaginem só: ao nos mudarmos de casa e de cidade já passamos uma fase difícil. Certo? Agora imaginem se acostumar com culturas diversas. E dentre as "culturas diversas" estou inserindo: modo de falar, de se vestir, temperos e culinária diferente, enfim o modo de viver do local para onde iremos. E será desse tema que nós três trataremos essa semana.


Quando me mudei de Quaraí-RS para Recife-PE, o primeiro choque que levei foi o fuso horário... Em Quaraí no verão escurecia depois das 21horas e em Recife às 17h30min... Já pensou???  Isso se deve ao fato desses Estados estarem nos extremos do fuso horário de Brasília. Sem contar o sotaque, nomes diferentes para um mesmo objeto ou alimento, tamanho da cidade e os temperos usados lá. Enfim, tudo mudou!

Às vezes uma simples tarefa de ir ao mercado e achar um determinado item se torna um pesadelo, algumas frutas e cortes de carne, por exemplo, mudam de nome em determinadas regiões. Na padaria um simples pão francês pode ser chamado de cacetinho, baguete... rsrsrs. Ah! E o pão de forma, que em Recife é conhecido como pão caixa. Certa vez fui num salão arrumar o cabelo e para terminar o penteado a cabelereira pediu para assistente lhe alcançar o "birilo”... kkkk. Alguém sabe o que é?? Eu conheço como grampo de cabelo. Algumas mudanças são hilárias, mas outras podem causar constrangimento.

Se nós que somos adultos sentimos dificuldade com tantas mudanças, agora pensem nas crianças. No nó que deve dar em suas cabeçinhas. Vejo isso através da minha filha mais velha que cresceu falando "mainha me dá minha percata, ou mainha faz um pitó no meu cabelo" e com menos de um mês no colégio em SC me contou que foi a um passeio na chácara do colégio e andou de "caroça"... Sim, aqui no oeste de SC faz parte do regionalismo as palavras com RR serem pronunciadas com um R só. (Ex: Caro, caroça, cachoro, etc.)

Cabe a nós então respeitar os costumes de cada região que passamos sem perder nossas raízes e sem ofender a quem nós achamos diferentes. Encarar essas mudanças com alegria e divertimento é o segredo e se interar dos costumes antes de passar aperto... Rsrrs... Na dúvida, pergunte novamente!


E para finalizar, vou colocar algumas gírias do lugar de onde nasci e passei a maior parte da vida... o Rio de Janeiro.



  • Ficou na pista = passou vergonha, deu mole;
  • É fria = é perigoso;
  • Bagulho = alguma coisa;
  • Encher linguiça = falar muito e explicar pouco;
  • Vacilou = marcou bobeira;
  • Busão = ônibus;
  • Mocréia = mulher feia;
  • Bater um fio = dar um telefonema;
  • Ter moral = certa pessoa que é respeitada em algum lugar;
  • Ficar na moral = ficar quieto, calado;
  • Tomar bomba = tomar anabolizante;
  • Vazar = sair do lugar, ir embora;
  • Treta = briga;
  • Dar um perdido = despistar;
  • Pode crer = tá confirmado;
  • Fuá = bagunça;
  • Bater um lero = bater um papo, conversar;
  • Tá ligado? = entendeu?
  • Chegado = amigo;
  • Os cana = polícia;
  • Grilado = preocupado;
  • Na moita = escondido;
  • E por aí vai...

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