domingo, 6 de maio de 2012

Transferência e agora?


Este nosso post é especial. Hoje contamos com a colaboração de uma colega nossa, também esposa de militar e psicóloga, Maria do Socorro Lira Marques. Socorro vai nos contar como lidar com essa mudança constante em nossas vidas de andanças pelo Brasil. Se você quiser colaborar com o nosso blog, envie-nos uma mensagem pelo email: transferenciavivodemudanca@gmail.com

Boa leitura!!

Pela colaboradora Maria do Socorro Lira Marques - Psicóloga

Esta é sem dúvida alguma, a primeira indagação que nos fazemos, quando sai o resultado da transferência. Mesmo tendo sido voluntários a irmos, ao chegar o resultado é sempre um impacto emocional e muitas vezes esse impacto nos afeta emocionalmente em grande intensidade.





Sabemos que o ser humano é o único animal que necessita do outro para sobreviver e
isso nos torna seres dependentes. Por isso, se faz necessário o apego as figuras parentais quando nascemos para nos desenvolvermos como pessoas. Porém, esse apego necessita ser cortado aos poucos para crescermos enquanto adultos saudáveis. E é justamente esse corte com o cordão umbilical que temos dificuldades ao longo da nossa vida.

Daí o conflito emocional de algumas pessoas em situações de mudança, seja ela, de lugar, de emprego, de moradia, etc. Toda mudança significa, quebra de rotina, quebras de vínculos, desafio para o novo.

Por isso, o melhor a fazer é tentar elaborar os lutos (perdas), de forma natural, enxergar
sempre o lado positivo das coisas, procurando encontrar possibilidades, saídas nesse novo lugar e, sobretudo, unirem-se a família, percebendo que quando existe AMOR, todo e qualquer desafio torna-se mais fácil de ser resolvido.




E aí vão algumas dicas para controlar a ansiedade na hora da mudança:

Procurar manter a calma e a serenidade sempre que possível. Principalmente quem
tem filhos para não transferir para eles suas angústias;

Procure conhecer o lugar para onde está indo, pesquisando, estudando os detalhes,
entrando em contato com pessoas que conhecem o lugar;

Procure ouvir só as BOAS informações do lugar almejado, lembrem-se: cada pessoa
vive suas próprias experiências. O que é ruim para alguns, necessariamente não
será para outros;

Seja firme em suas decisões, já que temos de mudar, então vamos encarar com
leveza e sobriedade cada passo dessa mudança;

Procure aos poucos elaborar seus lutos e desapegos do lugar que você está. Isso é
importante para seu equilíbrio emocional adaptar-se melhor ao novo lugar;

Una-se cada vez mais à sua família, procurando passar segurança e equilíbrio aos que
estão a nossa volta;

Procure trabalhar sua auto-estima, quando nos amamos, todo obstáculo torna-se
mais fácil de ser enfrentado;

E se o “bicho pegar” (se a ansiedade for intensa) não se desespere, procure uma
ajuda psicoterápica, para que possa ser trabalhado e elaborado esse novo processo
de mudança em sua vida.

Maria do Socorro Lira Marques
Psicóloga Clínica
CRP: 12/10196

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