segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Comprando na Fronteira?!


Por Rosa




Então gurias, seguindo a linha da Paula que falou sobre a pesada carga tributária e impostos no Brasil, vamos falar um pouquinho sobre as vantagens que possuímos, ao morarmos na fronteira com países como a Argentina, o Uruguai e o Paraguai, que possuem tributos menores.

Posso falar, pois já morei nas três fronteiras e, como em tudo na vida, existem vantagens e desvantagens ao estarmos tão próximos da fronteira de países conhecidos por terem vários Free-shoppings.

Em tempos de recessão mundial, quando a palavra de ordem é ECONOMIZAR, buscamos meios de esticar a renda seja cortando gastos ou escolhendo produtos mais baratos, ou reutilizando móveis, roupas, etc. 



É isso mesmo gurias economizar é o correto, evitando o desperdício de água, por exemplo, juntando toda a roupa e enchendo a máquina, lavando a calçada uma vez na semana ou ainda passando toda a roupa da casa de uma vez... Todas essas são formas de economia... Mas e os gastos com supermercado?! Todas nós sabemos que o orçamento do mercado estoura quando chegamos à prateleira onde estão os produtos de HIGIENE e LIMPEZA... Como diz uma amiga minha “É O CÚMULO DO ABSURDO” (se o CÚMULO já não é pouca coisa... imaginem só O CÚMULO DO ABSURDO?! rsrs) os preços do sabão em pó, detergente, sabonetes, xampu, papel higiênico... Estão pela hora da morte! CARÍSSIMOS!!! É minha impressão ou toda semana aparecem alguns centavos a mais no preço de cada um?

Claro que eu sei que nem todas vocês moram ou morarão um dia na Fronteira, mas caso venham a morar aqui vão algumas dicas para economizar e esticar mais um pouquinho o Soldo...

Como Brasil possui uma das maiores cargas tributárias do mundo o valor final dos produtos ao consumidor chega muito maior do que quando saiu da fábrica. Nossa carga tributária está acima da média tributária mundial, de 27,1%, e da média latino-americana, de 28,1%.No Brasil o imposto médio sobre uma empresa é de 34% sobre a receita anual e os impostos brasileiros sobre o setor privado são superiores aos cobrados em países como o Chile, México e Uruguai. E, ao contrário de outros países que vem baixando seus juros, o Brasil vem apresentando um aumento nas taxas desde 1998, chegando a 32,6% em 2009.

Mas qual o nosso interesse nos tributos desses países?! O interesse é realizar nossas compras mensais de produtos de higiene, limpeza e alguns gêneros alimentícios nesses países, quando estivermos morando na fronteira ou próximo a ela. Acreditem, no cômputo geral chegamos a pagar a metade do preço, ou menos, pelos mesmos produtos, da mesma marca que encontramos nos supermercados brasileiros OU PIOR compramos nesse países PRODUTOS BRASILEIROS por um preço muito abaixo do cobrado aqui.

Mas vamos lá! Ah!!! Uma coisa IMPORTANTÍSSIMA... Não esqueçam na hora das compras que a lei brasileira proíbe que produtos agrícolas, peças automotivas e remédios cruzem as fronteiras e, há limites para compra de bebidas alcoólicas, cada consumidor pode comprar, no máximo, 12 litros. Também são proibidos de cruzar as fronteiras carnes, leite e derivados, pelo cuidado sanitário em função da AFTOSA (doença que ataca o gado e pode matar um humano contaminado).

Então... No Uruguai como a maioria deve saber os produtos que mais valem a pena comprar é: bebidas, perfumes, tênis, roupas esportivas, óculos, material esportivo e aparelhos eletrônicos. Morei na fronteira das cidades de Quaraí/Br e Artigas/Uru naquela época não havia um supermercado grande em nenhuma das duas cidades, tanto que íamos fazer o “rancho”( coisa de gaúcho = compras do mês) em Uruguaiana ou Santana do Livramento, por sinal duas cidades fronteiriças também, Uruguaiana faz fronteira com a Cidade de Pasos de los Libres/Arg e Santana do Livramento com Riveira/Uru). No final do último ano em que morávamos em Quaraí foram inaugurados três Free-shoppings e um supermercado em Artigas. E por lá também os produtos de higiene e limpeza já naquela época saíam pela metade do preço. Atualmente na época em que moramos em Cruz Alta/RS fomos algumas vezes à Riveira e as compras por lá continuam tendo como principal atração os produtos que já citei acima, por lá pelo que eu vi, atualmente não vale muito a pena comprar nos supermercados, pois eles aproveitam o turismo e sobem muito os preços, tanto que os uruguaios fazem compras no Brasil.


Sobre o Paraguai não posso passar muita informação, quando morei em Amambaí/MS, que fica próximo a Ponta Porã que é a cidade fronteiriça mais próxima, com seus Free-shoppings e camelôs, havia acabado de ocorrer a primeira grande desvalorização do real frente ao dólar, na época estava “um por um” como se costumava dizer por lá, ou seja, 1 dólar=1 real, nós chegamos em um dia e no outro o dólar SUBIUUUU!!! Nós levamos alguns meses para ir conhecer Ponta Porã. No Paraguai, pelo menos lá em Pedro Juan Caballero, os produtos que mais valem a pena comprar são: bebidas, perfumes, óculos, material esportivo, aparelhos eletrônicos, máquinas fotográficas, bolsas, algumas jóias, cristais... Mas por lá também naquela época não existia supermercado. Atualmente não sei dizer, se alguém souber por favor nos passe a informação.


Atualmente moro em São Miguel d’Oeste/SC e aqui perto temos a fronteira com a Argentina na cidade de Dionísio Cerqueira/SC e Barracão/PR, com a cidade de Bernardo de Irigoyen/Arg. Muitos moradores do oeste catarinense, da região Sul do país, e inclusive do estado do Paraná, pagam o supermercado com cartão de crédito internacional. SIM! Atravessam a fronteira e realizam compras de gêneros alimentícios, produtos de higiene e limpeza nos supermercados da cidade (que possui dois supermercados de bom tamanho, e muitos outros menores).

Alguns exemplos de preço: um desodorante da marca DOVE ou REXONA que  no Brasil custam entre 10 e 11 reais (as vezes até mais) lá custa entre r$ 3,80 e r$ 3,95 respectivamente, dependendo do mercado; a espuma de barbear da Nívea custa lá r$4,28, aqui custa em média r$16,00, o xampu  Johnsons que uso na minha filha aqui custa r$ 11,90 o vidro de 200 ml, lá custa r$ 10,36 o vidro de 750 ml... Um saco com 3 kg de sabão em pó que lá custa r$ 11,90 ou seja r$ 3,96 o kg aqui o kg do sabão mais barato é em torno de r$ 5,oo, sem falar nos preços do óleo de cozinha (r$ 4,76 vidro com 3 litros), xampu 1 litro r$ 2,32, suco ADES r$ 2,18; azeitonas (vidro de 350 ml) r$4,86, cerveja Bhrama (pra quem gosta...) litro r$ 2,88, Vanish líquido r$ 4,81; Vanish pó r$ 9,60 (aqui é entre  r$ 14,00 e 16,00).... Bom meninas não estou aqui fazendo propaganda de nenhum mercado e nem desmerecendo a economia brasileira, apenas demonstrando em valores o quanto de juros estão embutidos nos produtos que compramos no Brasil e dando uma dica preciosa de como ECONOMIZAR no mercado aproveitando para comprar nas cidades fronteiriças o que de melhor elas nos oferecem.

Espero que as dicas tenham sido proveitosas mesmo para quem não está morando por aqui (ou por aí nas tantas fronteiras que existem no nosso País). Beijos carinhosos e fiquem com Deus.



4 comentários:

Andréia Teófilo disse...

Oi Rosa, adorei seu post!!!! Eu moro em Bela Vista/MS, fica a 120km de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero. Agora aqui tem 3 supermercados que vendem no atacado e no varejo (Maxxi, Popeye e um novo que abriu que agora não me lembro o nome, hehehehe...) Como vc disse algumas coisas vale a pena mesmo ir comprar no outro pais. Bjs....

Unknown disse...

Muito bom!! Aqui em Rio Branco fronteira com a Bolivia tbém é assim, os preços lá são muito melhores, sempre que podemos passamos em Cobija e fazemos estoques de alguns produtos como protetor solar , perfumes e outros, economizar sempre é bom e ajuda. bjosss

Anônimo disse...

Muito bom o post

Luciana disse...

Olá, meninas!! Adrei o Blog. Eu também sou mulher de militar. Moramos em rio Branc/Acre e aqui tambem podemos desfrutar do comércio com a fronteira com a Bolívia. Um verdadeiro Frre shop! Estou aguardadno a transferência do meu marido e ufa, haja coração!

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