Por Rosa
Oi gurias! Hoje, quando comecei
a escrever este post a idéia inicial era totalmente diferente dessa que acabei
por fim escrevendo. Tenho visto, e ouvido, de amigas e na minha própria vida
que muitas vezes não sabemos identificar a nossa “fome”. Principalmente nessa
época de grande ansiedade: a espera excruciante dos Boletins de toda
quarta-feira... Em outra postagem falei sobre o metabolismo no inverno e o
aumento natural e cientificamente explicado sobre o aumento da vontade de comer
alimentos calóricos durante os meses de frio (que aqui no sul não são poucos...
Rsrsrs).
Pois bem um dos nossos maiores
problemas, na vida diária, e também como Nutricionista, é ao conversar com alguém
identificar se essa pessoa tem “fome de alimentos” ou de “sentimentos”. Se ela
come demais por uma necessidade fisiológica, pela produção anormal de hormônios
ligados a fome e satisfação, ou se come por ansiedade. Nessas horas percebo que
a única e solitária cadeira de Psicologia da faculdade não nos prepara para a
enxurrada de sentimentos que estão atrelados ao simples ato de comer.
Então outro dia ao abrir a
geladeira me peguei olhando pra ela... Admirando e PROCURANDO ALGUMA COISA...
QUALQUER COISA para comer. De repente me dei conta: OPS! Eu não ESTOU COM FOME!
Parei pra pensar e vi que nem me lembrava de ter levantado da cadeira e chegado
à porta da geladeira. Vejam só: quantas vezes vocês (e eu) nos pegamos comendo
algo e nem sabemos COMO aquilo chegou as nossas mãos?! Pode parecer até
engraçado ou loucura da minha parte, mas não é! Definitivamente já conversei
com muitas... Mas muitas pessoas mesmo, que me dizem assim: “- Quando vi já
estava comendo.” Voltando a minha geladeira rsrs... No momento em que me dei
conta que procurava algo para comer e NÃO ESTAVA COM FOME, sabem o que
percebi?! Que estava sentada “viajando”... literalmente viajando... Pensando no
bendito Aditamento que não sai (mesmo sabendo que a transferência do meu marido
ainda deve demorar a sair...), milhares de coisas passavam pela minha cabeça: “Ai
meu Deus! Pra onde será que vamos?! Que empresa vamos contratar? Tomara que
dessa vez chegue tudo INTEIROOOO (é o mínimo que esperamos..) Será que vamos
encontrar alguém conhecido por lá?! Começar tudo de novo... Conhecer novas
pessoas, construir novas amizades(nunca esquecendo de cultivar as antigas). E a
casa?! Será que teremos PNR?! Se eu conseguir emprego? (ALELUIA!!) QUEM VAI
CUIDAR DA MINHA FILHA?! A gente vê tanta coisa na TV, cada noticia escabrosa de
escolinhas onde as crianças são mau tratadas, babás que espancam as
crianças,inclusive bebês de colo...” Pronto! Creio que nesse momento a parte
consciente da minha mente foi suplantada pelo turbilhão que me atingiu e então
devo ter levantado e andado até a geladeira. Pois quando percebi que estava lá
me peguei pensando... “Lá vamos nós, outra vez!” Parei e fechei a porta da
geladeira e fui... TOMAR ÁGUA. Ajuda muito... Tomar um copo de água calmamente.
É que, gurias, vamos combinar não
é?! Nossos maridos por melhores que sejam, e são, não se preocupam com essas
“questões menores”, provavelmente seria assim que eles iriam se referir as
nossas incertezas... Não é por não se preocuparem com o que sentimos é por
serem muito práticos, eles aprenderam assim, no dia a dia precisam lidar com
situações que necessitam de resoluções práticas, não de suposições. Então
normalmente quando tentamos conversar sobre essas questões eles respondem: “não
fique se preocupando com isso”. Não é assim?!Duvido que na casa da maioria não
seja assim... rsrs.
Daí quando estamos num
turbilhão, com tantas coisas pra pensar, tantas duvidas que precisam ser respondidas
(e que ainda podem demorar) muitas vezes essa ansiedade toda nos pega, como
diria Pedro Bial “às cinco horas de uma segunda-feira modorrenta” e então partimos ao
ataque: geladeira, armários, despensa, super mercado... Aquela caixa de
chocolate escondida... QUALQUER COISA CALÓRICA (que libere endorfinas) e nos dê
sensação de tranqüilidade. Agora meninas, sinceramente? Qual de nós vai atacar
a fruteira em cima da mesa??? NENHUMA...
Apesar dos doces não serem o
que mais agrada meu paladar já consegui perceber que quando a ansiedade ataca
até mesmo eu, que normalmente passo longe das prateleiras de doces e
chocolates, PRECISO de um docinho pra liberar as tais endorfinas. Mas então
meninas, vejamos que a nossa FOME, pode vir de muitos lugares e nessa fase de
tanta ansiedade nós temos fome é de RESPOSTAS AS NOSSAS DÚVIDAS. É isso mesmo! Acontece
que na maioria das vezes não percebemos isso.
Então menina, vamos nos ajudar... Esse
blog é pra isso, pra trocarmos experiências sobre as nossas andanças. Mandem as
postagens pra que possamos ter o maior número de informações sobre as nossas
possíveis cidades. Nos ajudando mutuamente, teremos várias vantagens: diminuiremos
a ansiedade coletivadas mulheres de militares pelo Brasil e ainda vamos
continuar MAGRAS...rsrs. Brincadeiras a parte essa espera deixa todas nós “meio
doidas”, “comer” os problemas, dúvidas, medos e incertezas INFELIZMENTE ainda é
a forma mais simples que encontramos pra nos tranqüilizar. Por isso façam o
seguinte: leiam as postagens, chamem as amigas pra conversar (afinal estamos
todas no mesmo barco), e da próxima vez que tivermos um ataque de ansiedade e
nos encontrarmos em frente a geladeira, despensa... Vamos nos perguntar com
sinceridade: VOCÊ TEM FOME DE QUÊ?????????
Beijos carinhosos fiquem com
Deus.
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