Por Carol Ribeiro
O termo correto é movimentação por motivo de
saúde do militar ou de seus dependentes.
Pode acontecer qualquer pessoa, passar por uma
fase em que o lugar onde está residindo no momento não nos proporciona um
tratamento necessário a um problema de saúde. Mais comum ainda no meio militar,
quando o profissional é transferido para uma cidade de interior ou fronteira no
qual é impedido de ter o suporte naquele local. Não falo só da saúde do militar
em si, mas também da família que o acompanha.
Recebemos alguns e-mails nos perguntando sobre o
assunto, ou se alguma de nós já tinha passado por uma situação parecida (de
pedir transferência para tratamento de saúde para algum familiar) e como foi.
Como nenhuma de nós (graças ao bom Deus) precisou entrar com tal recurso,
decidimos então pesquisar e procurar quem o tivesse feito já que o nosso
objetivo é ajudar as amigas com informações.
Fuçamos e achei bem pertinho de mim uma amiga
que passou por todo esse processo e dividiu com a gente de forma carinhosa o que
passou e o que precisou fazer.
Quando o marido da nossa amiga estava na ESAO,
no ano 2000, o filho que na época tinha seis anos foi diagnosticado
inicialmente com distrofia muscular. A época de transferências chegou e eles
seguiram para São Gabriel - RS. Chegando a nova cidade o filho teve tratamento,
porém num determinado momento os recursos disponíveis no local não mais
bastaram para a continuação do mesmo e chegaram à conclusão que precisariam
recorrer a um grande centro.
Depois de várias pesquisas de onde seria o
melhor centro para o tratamento (por meio do departamento competente), o casal seguiu
para Brasília onde se encontra o hospital Sarah Kubitschek para obter um melhor
acompanhamento da doença. Chegando a Capital Federal, foi estudado com maior
aprofundamento a origem e o tipo da distrofia, descartando assim os tipos mais
graves e escolhido um tratamento mais específico e eficaz com uma equipe
profissional altamente qualificada. Contudo os sintomas da doença foram
atenuados e atualmente o rapaz possui uma vida normal com pouquíssimas limitações,
superando assim as expectativas iniciais de que ele não chegaria à
adolescência. E hoje ele está com 18 anos.
A seguir, organizei em forma de perguntas e
respostas umas questões/dúvidas:
1. Quais
doenças se enquadram e deixam o militar apto a pedir esse tipo transferência?
O que vai determinar será o caso de a guarnição
não possuir profissional, estabelecimento e/ou tratamento médico para a doença
do paciente.
2. Quais
membros da família podem ser amparados?
Os previstos no estatuto dos militares: Esposa,
filhos menores de 21 anos ou inválidos, filha solteira (desde que não receba
remuneração), filho estudante menor de 24 anos (desde que não receba
remuneração), mãe viúva (desde que não receba remuneração), dependentes
registrados e é claro o próprio militar.
3. Qual o
procedimento a ser seguido?
O paciente deverá ser encaminhado a uma inspeção
de saúde para especificar o diagnóstico e a efetiva necessidade de movimentação
do militar. Será aberta uma sindicância para comprovação dos motivos alegados
pelo militar podendo levar até 40 dias corridos (prazo máximo), após isso a OM
organizará o processo e encaminhar a Departamento Geral de Pessoal (DGP) que
irá analisar e encaminhar para a Diretoria de Controle e Efetivos e
Movimentações (DECEM) que passará para o Departamento de Saúde do Exército (DSau).
De acordo com a DSau conciliará a necessidade do serviço com o tratamento de
saúde do militar ou de seu dependente.
4. Essa
transferência é remunerada?
Cabe a DECEM avaliar se a movimentação será
realizada com ônus ou sem ônus para a União.
Observação
final:
Nem o requerente, nem a junta médica poderão determinar qual o melhor local a
ser enviada a família. O departamento responsável por essa determinação é a
Diretoria de Saúde, que poderá propor a melhor sede ao militar.
Importante observar a formatação correta de
acordo com a IG 10-42 para que não atrase o processo ou até mesmo seja
recusado.
Bom, acho que é isso! Sabemos que o militar
muitas vezes já possui essas informações nos quartéis, mas como a nossa intenção
é informar a família, viemos aqui com esses esclarecimentos. Espero ter
ajudado. E você? Tem alguma dúvida que
deseja se informar? É só preencher o formulário na aba CONTATO ou nos enviar um
email para atentimento@transferieagora.com.br.
1 comentários:
Nossa, muito legal esta postagem. Muito útil! parabéns, meninas! Bjs!
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