Este
nosso post é especial. Hoje contamos com a colaboração de uma colega nossa,
também esposa de militar e psicóloga, Maria do Socorro Lira Marques. Socorro
vai nos contar como lidar com essa mudança constante em nossas vidas de
andanças pelo Brasil. Se você quiser colaborar com o nosso blog, envie-nos uma
mensagem pelo email: transferenciavivodemudanca@gmail.com
Boa
leitura!!
Pela
colaboradora Maria do Socorro Lira Marques - Psicóloga
Esta é
sem dúvida alguma, a primeira indagação que nos fazemos, quando sai o resultado
da transferência. Mesmo tendo sido voluntários a irmos, ao chegar o resultado é
sempre um impacto emocional e muitas vezes esse impacto nos afeta
emocionalmente em grande intensidade.
Sabemos
que o ser humano é o único animal que necessita do outro para sobreviver e
isso nos
torna seres dependentes. Por isso, se faz necessário o apego as figuras parentais
quando nascemos para nos desenvolvermos como pessoas. Porém, esse apego
necessita ser cortado aos poucos para crescermos enquanto adultos saudáveis. E
é justamente esse corte com o cordão umbilical que temos dificuldades ao longo
da nossa vida.
Daí o
conflito emocional de algumas pessoas em situações de mudança, seja ela, de
lugar, de emprego, de moradia, etc. Toda mudança significa, quebra de rotina,
quebras de vínculos, desafio para o novo.
Por isso,
o melhor a fazer é tentar elaborar os lutos (perdas), de forma natural,
enxergar
sempre o
lado positivo das coisas, procurando encontrar possibilidades, saídas nesse
novo lugar e, sobretudo, unirem-se a família, percebendo que quando existe
AMOR, todo e qualquer desafio torna-se mais fácil de ser resolvido.
E aí vão
algumas dicas para controlar a ansiedade na hora da mudança:
Procurar
manter a calma e a serenidade sempre que possível. Principalmente quem
tem
filhos para não transferir para eles suas angústias;
Procure
conhecer o lugar para onde está indo, pesquisando, estudando os detalhes,
entrando
em contato com pessoas que conhecem o lugar;
Procure
ouvir só as BOAS informações do lugar almejado, lembrem-se: cada pessoa
vive suas
próprias experiências. O que é ruim para alguns, necessariamente não
será para
outros;
Seja
firme em suas decisões, já que temos de mudar, então vamos encarar com
leveza e
sobriedade cada passo dessa mudança;
Procure
aos poucos elaborar seus lutos e desapegos do lugar que você está. Isso é
importante
para seu equilíbrio emocional adaptar-se melhor ao novo lugar;
Una-se
cada vez mais à sua família, procurando passar segurança e equilíbrio aos que
estão a
nossa volta;
Procure
trabalhar sua auto-estima, quando nos amamos, todo obstáculo torna-se
mais
fácil de ser enfrentado;
E se o
“bicho pegar” (se a ansiedade for intensa) não se desespere, procure uma
ajuda
psicoterápica, para que possa ser trabalhado e elaborado esse novo processo
de
mudança em sua vida.
Maria do Socorro Lira Marques
Psicóloga Clínica
CRP: 12/10196
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